Kimi Raikkonen (Ferrari) - Jerez De La Frontera 2008
Amigos leitores, se tivemos algo que não podemos reclamar em 2007 na Fórmula 1, foi de ter tido um campeonato chato.
É verdade que antes do GP do Canadá as corridas estavam realmente chatas e previsíveis, sendo construídas no sábado, ou seja, o pole vencia, ou quando muito, eram decididas na primeira curva. E só. Vale lembrar que Mônaco 2007 foi a corrida mais chata dos últimos anos, senão a pior de todas, parecia um carrossel interminável, maçante e sem graça.
E então veio o GP do Canadá, a primeira vitória de Lewis Hamilton, as primeiras rixas da McLaren, a desclassificação de Felipe Massa, o acidente de Robert Kubica, Takuma Sato passando Fernando Alonso e sim, um Alonso irreconhecível, dono de quatro péssimos erros durante a corrida.
E então vieram os casos de espionagem, e Ron Dennis parecia o Lula ante o mensalão: - Não sei de nada.
E então vieram acusações, lágrimas de crocodilo de dirigentes frios como gelo. Vieram companheiros de equipe brigando entre si, novatos vencendo veteranos, verdadeiros cavaleiros vencendo vilões, e vilões vencendo dragões. Enfim, de boato em boato, de escândalo em escândalo veio o componente principal para que a Fórmula 1 continuasse a trilhar o caminho do sucesso e as páginas de jornal e matérias na televisão. A chuva. Sim, ela veio e trouxe os melhores GPs, trouxe o complicado e emocionante GP de Nurbürgring, e mesmo nos tirando um terço da corrida, o ótimo GP do Japão. Isso fez com que a FIA realizasse um sonho antigo. Quatro postulantes ao título, um deles inglês, o outro espanhol, um sul americano, e assim, conquistou os cinco continentes, chamou a atenção da mídia, do público, do mundo.
O GP Brasil, que trouxe 3 pilotos disputando o campeonato, foi o segundo evento mais visto no mundo em 2007, e o mais democrático também. E, amigos, parecia coisa de cinema. Parecia que estava tudo estipulado. O vilão arrogante do início da temporada deu um giro de 180° e se tornou o pobre coitado excluído pela sua própria equipe, perdeu o campeonato, mas perdeu com sede de vingança, via-se no seu sorriso contido no final da corrida. O garoto fenômeno, tachado de gênio, amarelou, errou, perdeu, mas perdeu por cima, como vice-líder, vitorioso, com futuro promissor. E teve o campeão, o azarão, que deu uma reviravolta no campeonato, um ato milagroso de alguém com uma auto-confiança inabalável.
Precisa de mais alguma coisa?
Precisa. A Fórmula 1 tem glamour, tem estirpe, tem estigma de ser o melhor campeonato do mundo. Mas onde estão as ultrapassagens? Será que precisamos esperar a boa vontade dos céus para assistir uma boa corrida? O GP Brasil foi fantástico, mas foi fantástico pelo resultado inesperado, não pelas disputas e brigas nas pistas. A pontuação poda o talento dos pilotos, o risco poda a audácia, enfim, a Fórmula 1 atual sente o ranço de excesso, ela tem um “que” de mais do mesmo. É sempre McLaren, Ferrari, Renault, mas nunca as três juntas. São sempre duas equipes e dois pilotos. O último ano se diferenciou, pois o melhor piloto da McLaren estava claramente sendo podado em troca de uma promessa, e a Ferrari, que há muito foi criticada por dar preferências, viu uma oportunidade de mudar sua imagem e não favorecer ninguém. E não favoreceu, Kimi Raikkönen foi campeão por méritos próprios. É triste alguém dizer que o Massa deu o título, é como basear o trabalho de 16 corridas na 17ª. A Fórmula 1 é carente de ultrapassagens e em 2007 fez mais alardes fora das pistas do que dentro delas. É verdade que o grande barato são os aperfeiçoamentos técnicos das equipes, os carros mais belos do mundo. Vejam a IRL por exemplo, distâncias curtíssimas entre os competidores, corridas emocionantes, mas é de um brutal amadorismo. Os carros são esteticamente feios, não são padronizados na pintura, bandeiras amarelas brotam como grama e sem a menor necessidade, mas há ultrapassagens, há boas brigas, há equipes de mais destaque sim, mas sempre há a possibilidade de surpresas, e é isso que a F1 atual é totalmente carente. Surpresas. A última foi na Hungria em 2006, com Jenson Button.
As surpresas na Fórmula 1 ficam restritas as equipes pequenas que se tornam médias. Quem mais impressionou nos treinos até aqui? A Williams superando a BMW e o bom rendimento da Toro Rosso. E só. A BMW não liderou treino, aliás, já é dúvida para repetir o feito do ano passado. A Renault é uma incógnita. E o resto? Bem, o resto é resto, e irão dividir entre o quinto e oitavo posto. Então meus amigos amantes do esporte, creio que para repetir o feito em 2008, que convenhamos, começara em um clima extremamente ameno, será precisa tocar tambor, desafinar bastante e fazer muita dança da chuva.
É o mais do mesmo que continua assombrando a F1.
É verdade que antes do GP do Canadá as corridas estavam realmente chatas e previsíveis, sendo construídas no sábado, ou seja, o pole vencia, ou quando muito, eram decididas na primeira curva. E só. Vale lembrar que Mônaco 2007 foi a corrida mais chata dos últimos anos, senão a pior de todas, parecia um carrossel interminável, maçante e sem graça.
E então veio o GP do Canadá, a primeira vitória de Lewis Hamilton, as primeiras rixas da McLaren, a desclassificação de Felipe Massa, o acidente de Robert Kubica, Takuma Sato passando Fernando Alonso e sim, um Alonso irreconhecível, dono de quatro péssimos erros durante a corrida.
E então vieram os casos de espionagem, e Ron Dennis parecia o Lula ante o mensalão: - Não sei de nada.
E então vieram acusações, lágrimas de crocodilo de dirigentes frios como gelo. Vieram companheiros de equipe brigando entre si, novatos vencendo veteranos, verdadeiros cavaleiros vencendo vilões, e vilões vencendo dragões. Enfim, de boato em boato, de escândalo em escândalo veio o componente principal para que a Fórmula 1 continuasse a trilhar o caminho do sucesso e as páginas de jornal e matérias na televisão. A chuva. Sim, ela veio e trouxe os melhores GPs, trouxe o complicado e emocionante GP de Nurbürgring, e mesmo nos tirando um terço da corrida, o ótimo GP do Japão. Isso fez com que a FIA realizasse um sonho antigo. Quatro postulantes ao título, um deles inglês, o outro espanhol, um sul americano, e assim, conquistou os cinco continentes, chamou a atenção da mídia, do público, do mundo.
O GP Brasil, que trouxe 3 pilotos disputando o campeonato, foi o segundo evento mais visto no mundo em 2007, e o mais democrático também. E, amigos, parecia coisa de cinema. Parecia que estava tudo estipulado. O vilão arrogante do início da temporada deu um giro de 180° e se tornou o pobre coitado excluído pela sua própria equipe, perdeu o campeonato, mas perdeu com sede de vingança, via-se no seu sorriso contido no final da corrida. O garoto fenômeno, tachado de gênio, amarelou, errou, perdeu, mas perdeu por cima, como vice-líder, vitorioso, com futuro promissor. E teve o campeão, o azarão, que deu uma reviravolta no campeonato, um ato milagroso de alguém com uma auto-confiança inabalável.
Precisa de mais alguma coisa?
Precisa. A Fórmula 1 tem glamour, tem estirpe, tem estigma de ser o melhor campeonato do mundo. Mas onde estão as ultrapassagens? Será que precisamos esperar a boa vontade dos céus para assistir uma boa corrida? O GP Brasil foi fantástico, mas foi fantástico pelo resultado inesperado, não pelas disputas e brigas nas pistas. A pontuação poda o talento dos pilotos, o risco poda a audácia, enfim, a Fórmula 1 atual sente o ranço de excesso, ela tem um “que” de mais do mesmo. É sempre McLaren, Ferrari, Renault, mas nunca as três juntas. São sempre duas equipes e dois pilotos. O último ano se diferenciou, pois o melhor piloto da McLaren estava claramente sendo podado em troca de uma promessa, e a Ferrari, que há muito foi criticada por dar preferências, viu uma oportunidade de mudar sua imagem e não favorecer ninguém. E não favoreceu, Kimi Raikkönen foi campeão por méritos próprios. É triste alguém dizer que o Massa deu o título, é como basear o trabalho de 16 corridas na 17ª. A Fórmula 1 é carente de ultrapassagens e em 2007 fez mais alardes fora das pistas do que dentro delas. É verdade que o grande barato são os aperfeiçoamentos técnicos das equipes, os carros mais belos do mundo. Vejam a IRL por exemplo, distâncias curtíssimas entre os competidores, corridas emocionantes, mas é de um brutal amadorismo. Os carros são esteticamente feios, não são padronizados na pintura, bandeiras amarelas brotam como grama e sem a menor necessidade, mas há ultrapassagens, há boas brigas, há equipes de mais destaque sim, mas sempre há a possibilidade de surpresas, e é isso que a F1 atual é totalmente carente. Surpresas. A última foi na Hungria em 2006, com Jenson Button.
As surpresas na Fórmula 1 ficam restritas as equipes pequenas que se tornam médias. Quem mais impressionou nos treinos até aqui? A Williams superando a BMW e o bom rendimento da Toro Rosso. E só. A BMW não liderou treino, aliás, já é dúvida para repetir o feito do ano passado. A Renault é uma incógnita. E o resto? Bem, o resto é resto, e irão dividir entre o quinto e oitavo posto. Então meus amigos amantes do esporte, creio que para repetir o feito em 2008, que convenhamos, começara em um clima extremamente ameno, será precisa tocar tambor, desafinar bastante e fazer muita dança da chuva.
É o mais do mesmo que continua assombrando a F1.
Copyright®Iceman.2008
1º) onde eu assino??
ResponderExcluir2º) tambores da GGOO a postos para esse ano!!
3º)Nelsinhoooo: joga o Choronso no muroooo!!!
chuva chuva chuva em todas as corridas...
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